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Fabricado por quase meio século, entre 1939 e 1988, o lendário 2CV foi usado primeiramente apenas durante a Primeira Guerra Mundial para depois ser lançado para o público em geral, no Salão de Paris de 1948. Vinha com motor bicilíndrico, de apenas 9 cavalos. Com projeto extremamente simples, o francesinho tinha capota de lona e limpador do para-brisa acionado pelo cabo do velocímetro. Várias melhorias foram sendo adotadas ao longo dos anos, o que inclui um motor mais forte, em 1970, que fazia o carrinho passar a barreira dos 100 km/h. Claro que sua longevidade estava diretamente ligada ao sucesso nas vendas, mas o peso da idade acabou tirando o 2CV de linha com 49 anos.
A história do modelo começa em 1929, quando o empresário André Citroen solicitou que o designer Flaminio Bertone idealizasse um carro pequeno e prático. Com a morte de Citroen em 1936, coube ao vice-presidente da empresa, Pierre Boulanger, tocar o projeto do TPV ("Très Petite Voiture", carro pequeno) adiante. O primeiro protótipo ganhou vida em 1937 e era impulsionado por um motor de motocicleta com 500 cm3. Veio então a guerra e junto com ela a ocupação alemã na França, o que interrompeu de imediato o processo de desenvolvimento.
A espera terminaria em 7 de outubro de 1948, quando no Salão de Paris o público pôde finalmente conhecer o 2CV. Inicialmente, suas formas causaram estranhamento, mas sua praticidade e eficiência trataram de calar os críticos.
Ele era construído de modo que todas as suas partes podiam ser removidas e montadas com o uso de poucos parafusos. Pesava 500 quilos, tinha velocidade máxima de 65 km/h e o principal trunfo para a época: rodava 22 km por litro de combustível.
Com a popularidade conquistada, não demoraram a surgir apelidos como "deux-pattes" (duas patas). Outros, mais maldosos, atribuíam-no a alcunha de "quatro rodas debaixo de um guarda-chuva", "guarda-chuva de quatro rodas", "patinho feio" e "cocoricó", dado o barulho produzido no momento em que se dá a partida.
Na França, a produção na fábrica de Levallois, no oeste de Paris, foi encerrada em fevereiro de 1988. Sua comercialização, porém, continuaria por mais 29 meses. A última unidade saiu da fábrica de Mangualde, em Portugal, em 27 de julho de 1990 às 16h. Foram fabricados mais de 5 milhões de exemplares: 3.868.634 sedãs e 1.246.335 caminhonetes.
Fontes: Autoesporte e Quatro Rodas, 13 de agosto de 2012

Categoria: Mundo do Automóvel


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