O projeto, que terá um custo de R$ 33 bilhões, foi dividido em dois períodos e o primeiro será licitado no dia 29 de maio de 2013, ratificou Figueiredo.
Nessa primeira fase será licitada a construção dos trens e a operação do sistema, que será concedida durante um prazo inicial de 30 anos, e posteriormente, no começo de 2014, se licitará toda a construção da infraestrutura, que representa os trilhos ferroviários e as estações, entre outras obras.
Essa segunda etapa será dividida em pelo menos dez trechos a fim de "acelerar as obras", que se pretende concluir e colocar em operação até 2018, "embora se dará prazo até 2020", disse.
O presidente da EPL, estatal criada para o desenvolvimento de grandes obras de infraestrutura, assinalou que o Brasil deseja "o máximo de empresas estrangeiras" possível no projeto do trem de alta velocidade.
Nesse sentido, afirmou que se conta com o interesse de empresas de Alemanha, França, Espanha, Coreia do Norte e Japão, que são os países "com a maior e melhor experiência em alta velocidade no mundo" nos aspectos tecnológicos e de gestão.
Segundo as previsões do Governo, o que seria o primeiro trem de alta velocidade da América Latina transportará cerca de 33 milhões de pessoas em seu primeiro ano de operações e chegará a 100 milhões para 2030.
São Paulo e sua periferia têm hoje cerca de 20 milhões de habitantes, uma população similar a que seria atendida no Rio de Janeiro, por isso a rentabilidade do trem "está assegurada", disse Figueiredo.
O trilho ferroviário terá um total de 510 km entre Rio de Janeiro e São Paulo, de onde sairá um segundo trecho de 97 km até Campinas.
O projeto é considerado complexo, pois implicará construir 90,9 km de túneis e outros 107,8 km de pontes e viadutos para passar por rios e desníveis de relevo das duas serras que separam São Paulo do Rio de Janeiro.
Fonte: agência de notícias EFE, 24 de agosto de 2012