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Você sabe para onde vão os carros velhos, sem condições de rodar? Antes, a resposta era fácil: para o ferro-velho. Mas isso começa a mudar. A indústria da reciclagem cresce, e os lucros para o meio-ambiente, também, analisa o portal G1. O benefício é duplo, porque os carros velhos são os que mais poluem. Quando são finalmente aposentados, reciclados, eles se transformam em aço novamente e voltar para as ruas como parte de outros carros.
O motorista bem que tenta sair do lugar, mas em condições adversas. Um homem fez algumas adaptações na lataria. Outro motorista roda com os pneus carecas. De cada dez carros que circulam pelo Estado de São Paulo, três têm mais de 20 anos de uso. Isso corresponde a 4 milhões de veículos. A fiscalização bem que tenta tirá-los das ruas. Em Sorocaba, no Interior paulista, carros mal-cuidados lotam o pátio do Detran.
A reciclagem pode ser um outro caminho. Uma empresa compra a maioria das carcaças de catadores ou em leilões. A sucata passa por máquinas e sai pronta para retornar à indústria. As montadoras e as siderúrgicas são os maiores clientes.
"Ela retorna no aço plano, para fazer chapa de automóveis de novo, para fazer blocos de motor, vergalhão e ferro de construção. Ela volta a virar aço novamente", explica o diretor comercial Marcos Fonseca.
Para ter uma noção de como funciona a máquina, a porta de um carro é triturada. São separados os materiais metálicos dos não-metálicos. Depois, ela é amassada e reduz de tamanho.
Metade da produção de uma empresa é vendida para fora do País. Só em fevereiro foram exportadas, para China, Paquistão, Índia e Vietnã, mais de dez mil toneladas.
No Brasil, 8 milhões de toneladas de lixo são reciclados por ano. As sucatas de veículos representam um milhão e meio de toneladas. Quem mais ganha com esse mercado é o meio ambiente.
"Com o reaproveitamento da sucata, nós evitamos uma sobrecarga do meio ambiente. Evitamos dispêndios com energia e o gasto com aterros. Evitamos o transporte até esses aterros e que a economia sofra, e conseguimos até oferecer um produto mais barato para o consumidor final", conta o consultor de meio ambiente da ONU (Organização das Nações Unidas), Sabetai Calderoni.
Ele diz também que o Brasil deveria adotar a mesma legislação que existe hoje na Europa, que obriga as montadoras a se responsabilizarem pelas sucatas dos automóveis que produziram.
"Elas passaram a ter que repensar todo o processo produtivo, modificar os tipos de materiais, as quantidades de materiais e o modo como são desmontados. Passaram a utilizar materiais biodegradáveis. Então, isso foi uma coisa revolucionária", acrescenta Calderoni.
Muitos carros velhos são simplesmente abandonados pelos donos. Só na cidade de São Paulo, a prefeitura recolheu, no ano passado, 400 automóveis que estavam apodrecendo nas ruas.
Fonte: portal G1, 5 de março de 2009

Categoria: Cidade


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