Grande parte destes compradores pertence à classe C, que adquiriu maior renda, teve acesso ao crédito e comprou seu primeiro carro, diz Antonio Penteado Mendonça, professor da Faculdade de Administração (FIA). Segundo ele, isso também contribui para a alta dos preços das apólices. "Existe mais possibilidade de acidentes, pela falta de prática dos novos condutores na direção e de congestionamentos na cidade, por causa do aumento do volume de veículos. Tudo isso torna o seguro mais caro."
O aumento dos roubos e furtos de automóveis também colabora para o aumento do valor da proteção. Porém, Papa verifica que o número de ações criminosas cresceu proporcionalmente ao de novos carros na cidade. Em regiões com maior incidência dessa prática, o seguro encareceu.
Segundo Papa, quem quer economizar encontra opções no mercado. "Há uma grande concorrência e várias alternativas para comparar. A grande diferença no preço está nos adicionais oferecidos, como serviços 24h e assistência diferenciada, que podem corresponder a até 40% do valor do seguro. A contratação deve estar vinculada à necessidade."
Mendonça reforça que o preço não deve ser o único ponto observado. "É preciso verificar condições importantes escritas na apólice, como, por exemplo, a cobertura do seguro para o caso do carro estacionado na rua ser furtado. É bom avaliar se vale a pena optar por um seguro mais barato, mas não receber indenização nestes casos. Vale realizar uma pesquisa entre cinco companhias diferentes com um corretor que conheça o mercado", conclui.
Fonte: Jornal da Tarde, 13 de julho de 2011