Se o luxo redescobriu o branco, na linha popular a variedade de cores aumentou muito mais. O prata ainda é a preferência nacional, mas nos últimos dois anos cresceu muito a procura por cores exóticas, vibrantes, como o amarelo, por exemplo.
Aconteceu depois que o carro usado perdeu valor na revenda. Ele deixou de ser visto como um bem patrimonial e depois também que surgiram novos consumidores, que não querem passar despercebidos.
Uma pesquisa - feita por um dos maiores fabricantes de tinta automotiva - explica a mudança. "A ascensão da classe social que tem havido nos últimos anos se traduz na demanda por cores vibrantes, tons ardentes: o vermelho, o verde, o amarelo, como símbolo da ascensão social", fala o vice-presidente da Basf, Antonio Lacerda.
Uma montadora não apostava que a moda ia pegar. O departamento comercial se surpreendeu. Hoje, 30% dos carros populares vendidos têm cores vivas.
"Essas cores dentro do número que atingiram são cores que vierem pra ficar, são cores que chamaram e fizeram que o cliente procurasse e aguardasse e escolhesse essa cor", explica o gerente regional de vendas da Fiat, Edgar de Oliveira Filho.
Fonte: Jornal da Globo (TV Globo), 16 de julho de 2011