Roberto precisa de ajuda para andar, ao menos, pelos próximos seis meses. Ele foi atropelado quando tentava atravessar uma rodovia. O motoboy Walace agora tem uma peça de metal que vai do joelho ao tornozelo da perna direita. Vai passar por fisioterapia e pode ficar oito meses afastado do trabalho.
Casos como estes entram para uma violenta estatística registrada nas ruas e avenidas da capital mineira. Hospitais como o João XXIII e o ortopédico Galba Velloso receberam 10.230 vítimas de acidentes de trânsito no período de janeiro a agosto, o que dá uma média de 42 vítimas por dia.
Estes acidentes geraram para o Estado nos primeiros oito meses do ano um gasto de mais de R$ 15 milhões. Uma diferença de quase R$ 5,5 milhões a mais se comparado com o mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, motociclistas e pedestres são as maiores vítimas.
Para a BHtrans, a despesa poderia ser revertida em campanhas de prevenção e equipamentos. Em todo o País o Sistema Único de Saúde gasta, por ano, cerca de R$ 5 bilhões com as vítimas de acidentes.
Fonte: MGTV 1ª Edição, 12 de novembro de 2009