Cálculos de especialistas, baseados no poder calorífico dos combustíveis, apontam que o álcool é competitivo até chegar a 70% do preço da gasolina. Para fazer a conta, divida o preço do álcool pelo da gasolina. Se o resultado ficar acima de 0,70, o álcool deixa de ser vantajoso.
No dia 14 de novembro, o preço do litro do álcool, de acordo com levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), estava em R$ 1,687, cerca de 2% acima do preço em que fechou outubro (R$ 1,654). Apenas no mês passado, o preço do combustível subiu 10% em comparação com setembro, quando era encontrado, na média, por R$ 1,475.
Na média Brasil, se confrontado com a gasolina, cujo preço médio foi de R$ 2,535, o álcool ainda é vantajoso: custa o equivalente a 66,54% do combustível derivado do petróleo.
Mas se for avaliado por Estado, o uso do álcool não está satisfatório, em termos de economicidade, em 17 das 27 unidades federativas, além de no Distrito Federal.
Em São Paulo, principal mercado consumidor do País, o litro do álcool custava, em média, R$ 1,559 no dia 14 de novembro, 3,65% mais caro do que a média de R$ 1,504 observada no final de outubro nos postos paulistas.
Açúcar e chuva
O preço do álcool vinha subindo em função da maior demanda por açúcar no mercado internacional, por problemas de produção na Índia. Para suprir essa falta no mercado, as exportações do produto subiram consideravelmente, fazendo com que as usinas de cana-de-açúcar ampliassem a produção de açúcar, em detrimento ao álcool.
A ocorrência de chuvas no Centro-Sul também contribuiu para essa alta, ao afetar a produtividade das lavouras.
Fonte: Folha Online, 17 de novembro de 2009