"Não queremos fazer a inspeção por fazer. A dispersão de poluentes em Fortaleza é diferente do processo que ocorre em São Paulo", diz Volney Zanardi, presidente da Câmara Técnica de Controle e Qualidade Ambiental do Conama.
Deixar a elaboração e a aprovação dos planos nas mãos dos Estados faz o processo frouxo, segundo o físico Paulo Artaxo, representante da comunidade científica no Conama. "Existe uma abertura para que a inspeção não seja obrigatória", afirma Artaxo, especialista em poluição do ar da USP.
Pela norma, os Estados terão um ano para montar seus planos e mais 18 meses para iniciar a inspeção, desde que essa seja a decisão dos governos. No caso dos municípios, apenas quem tem mais de 3 milhões de veículos - só a capital paulista, que já faz a inspeção, entra nesta categoria - está obrigado ao controle.
Fonte: Folha de S. Paulo, 15 de novembro de 2009