Na cidade de São Paulo, deixar o automóvel num estacionamento é 147 vezes mais seguro do que largá-lo na rua. Os números oficiais, divulgados recentemente pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, são expressivos: no primeiro semestre de 2009, ocorreram 22.270 casos de furtos e roubos de carros e motos, dos quais apenas 150 estiveram relacionadas com estacionamentos. Isto significa que o risco de um motorista sofrer perda do veículo por ato criminoso é 14.700% maior na rua do que num estacionamento, principalmente em estabelecimentos profissionais e organizados, como são os administrados pelas empresas associadas ao Sindepark, que contratam seguro para os veículos, treinam os seus funcionários, e respeitam os seus usuários, oferecendo as devidas garantias. O balanço da Polícia Civil foi recebido com entusiasmo pelo presidente do Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo (Sindepark), Sérgio Morad. "Numa cidade como a nossa, em que lojas e até condomínios protegidos por vigilantes estão sujeitos a assaltos, não existe risco zero nos estacionamentos. Mas nosso índice de segurança é expressivo", analisa Morad. "Dos veículos roubados nos seis primeiros meses do ano na cidade, só 0,68% foram casos relacionados com estacionamentos."
Sérgio Morad elogia a Polícia Civil de São Paulo, com a qual manteve reuniões em busca de uma proteção ainda maior aos estacionamentos: "Os delegados e os distritos policiais estão trabalhando bem. Uma cidade do porte de São Paulo está sempre sujeita a casos de furtos, roubos e assaltos. Nas ruas, o perigo é infinitamente maior."
De acordo com Morad, houve uma queda no índice de roubo de veículos em estacionamentos na região metropolitana de São Paulo nos últimos meses, em relação ao histórico de dois anos atrás. A tendência é diminuir ainda mais o total de casos, segundo ele. "As empresas regulamentadas têm adotado o máximo cuidado. A maioria das ocorrências registradas pela polícia em estacionamentos é decorrente de estacionamentos precários e improvisados", explica Morad, que aconselha aos usuários: "O pior lugar para se estacionar um veículo é mesmo a rua, ainda mais em áreas de maior risco, até durante o dia. Mas, ao se optar pela decisão de usar um estacionamento, o motorista deve tomar cuidado com os clandestinos. É preciso usar os estacionamentos regulamentados".
O Sindepark, que congrega empresas grandes, médias e pequenas de estacionamentos, informa que existem cerca de 1 milhão de vagas para carros na região metropolitana. "Isto significa que, numa semana, ocorrem milhões de entradas de carros em estacionamentos. E os motoristas ficam aliviados ao encontrar vagas para estacionar os seus veículos", conta Morad. "O preço do estacionamento não é alto, se levarmos em conta que estão instalados em edificações ou terrenos situados em áreas valorizadas da cidade. Além disso, um verdadeiro estacionamento, esses do padrão das empresas associadas ao Sindepark, conta com seguro para os veículos, mecanismos de controle de acesso eficientes, funcionários registrados e treinados, que ganham salários pelo menos de acordo com o piso da categoria e atendem às relações de consumo".
O presidente do Sindepark comenta que algumas áreas da cidade constituem maior perigo, como as imediações de estádios e de escolas, em que a presença de "flanelinhas" não significa segurança: "Quem puder, que trate de usar um estacionamento de verdade, para evitar surpresas desagradáveis. Em São Paulo, até mesmo garagens de shopping centers, que tem sistemas de controle estruturados, já foram vítimas de ladrões de veículos. Isso faz parte da margem de risco. Mas o perigo maior está na rua. Não venham com essa conversa de que a rua é mais segura. Os números da polícia não mentem."