A faixa tem 26,75 km e liga a av. Senador Teotônio Vilela, esquina com a av. Atlântica, na Cidade Dutra (zona sul), à praça Campo de Bagatelle, em Santana (zona norte).
A reportagem percorreu de manhã, de ônibus e de carro, toda a sua extensão, a partir da zona sul. No coletivo, partindo às 6h56, a viagem durou uma hora e 36 minutos. De carro, duas horas e 39 minutos, a partir das 6h47.
A velocidade média do ônibus foi de 16,7 km/h (acima da média de 13 km/h antes do início da operação). O carro fez média de 10 km/h.
Invasão
Os motoristas não respeitaram a faixa exclusiva no primeiro dia de fiscalização nos três trechos iniciais, entre a praça Campo de Bagatelle, e a av. Senador Teotônio Vilela.
Em 15 minutos (das 10h16 às 10h31), a reportagem flagrou 79 carros na via dos coletivos, perto do número 7.000 da avenida Washington Luís, no Campo Belo.
A maioria dos invasores saía do aeroporto de Congonhas e permanecia na pista da direita até a entrada para avenida dos Bandeirantes.
Segundo Valtair Ferreira Valadão, gerente da CET, funcionários da SPTrans (empresa que gerencia os ônibus da cidade) e 50 marronzinhos faziam a fiscalização.
A multa para quem invadir a faixa é de R$ 53,20, mais três pontos na carteira.
Os motoristas dizem que viram seu tempo de viagem aumentar com a segregação.
A consultora de informática Eloah Prata afirma que seu tempo de percurso, entre a Vila Mascote, no Jabaquara (zona sul), onde mora, e Santana (zona norte), onde trabalha, aumentou em uma hora.
"Se os ônibus tivessem qualidade, eu usaria."
Quarto trecho
Apesar da orientação de marronzinhos, motoristas se confundiram ontem, primeiro dia de operação do quarto trecho da faixa exclusiva no corredor norte-sul - entre as avenidas Atlântica e Jangadeiro, na Cidade Dutra (zona sul). Por volta das 6h, o trânsito ficou carregado.
O empreiteiro João Rodrigues, 65, que utiliza a via todos os dias para ir ao trabalho, diz que ficou surpreso com as mudanças. "Vou procurar caminhos alternativos."
Fonte: jornal Agora, 27 de agosto de 2013