No formato atual, a localização dos trens é enviada à central de operações por cabos de fibra ótica apenas em alguns pontos fixos. Por segurança, as composições precisam ficar a 150 metros umas das outras.
O novo modelo, baseado em comunicação por radiofrequência, permite a localização em tempo real em todos os trechos - o que garante uma distância menor entre as composições.
Na prática, o menor intervalo pode ajudar a reduzir a superlotação. No ano passado, a média de ocupação da linha 2-verde no horário de pico da tarde foi de 5,7 passageiros por metro quadrado.
O sistema também é mais seguro, pois evita que o trem ultrapasse a velocidade permitida. O CBTC também comporta a operação automática, capaz de realizar a movimentação do trem independente da presença de operador.
Os testes na linha 2 começaram em janeiro do ano passado, e a previsão inicial era de que fossem concluídos em seis meses. Mas a companhia fala em trocar o sistema ao menos desde 2009.
Segundo o Metrô, o sistema será implantado de forma gradativa e vai funcionar inicialmente apenas aos domingos. Atualmente, o sistema já funciona em um trecho de 2,9 km entre as estações Vila Prudente e Sacomã.
"De acordo com o desempenho apresentado pelo sistema, a operação nesse modo será estendida para os sábados e posteriormente para dias comerciais", afirma a empresa.
Após os testes, o CBTC será instalado nas linhas 1-azul (de 20 km de extensão) e 3-vermelha (22 km).
Fonte: Folha de S. Paulo, 24 de agosto de 2013