Apesar da tendência, as vítimas em motos ainda são o dobro em relação às dos outros tipos de veículos somados, enquanto representam 13% da frota paulistana.
O levantamento divulgado pela CET não aponta o número de pessoas feridas nos acidentes. Segundo pesquisa do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, foram ao menos 326 acidentes envolvendo motociclistas entre fevereiro e maio -2% deles morreram.
"A queda nas mortes é uma ótima notícia, mas percebemos que está aumentando o número de acidentes que deixam o motociclista com sequelas", diz Luiz Artur Cané, presidente do Movimento Brasileiro de Motociclistas.
Apenas ontem (26) o Corpo de Bombeiros registrou 18 acidentes com motos na capital paulista das 7h às 19h - vários motociclistas feridos foram levados ao hospital.
Faixas
De acordo com a CET, a queda nas mortes é causada principalmente devido à implantação de faixas exclusivas de ônibus neste ano.
"Com a segregação dos coletivos, os agentes mais vulneráveis no trânsito, os motociclistas, estão menos sujeitos a disputarem espaço com os veículos mais pesados", afirma a empresa.
A maioria das faixas, entretanto, foi implantada pela gestão Fernando Haddad depois do período considerado no levantamento.
A CET não informou as vias onde ocorreram as mortes. Motociclistas também criticam a sinalização de alguns locais que receberam as pistas exclusivas à direita.
Multas
A CET diz que também contribuíram para a redução das mortes suas ações de segurança no trânsito e a intensificação da fiscalização.
No ano passado, a companhia passou a usar seis radares que conseguem flagrar os motociclistas que trafegam entre as filas de carros acima do limite de velocidade.
De março a dezembro do ano passado foram aplicadas 25,3 mil multas, uma média de 90 por dia. Neste ano foram 14,5 mil até julho - média de 69 multas por dia.
Fonte: Folha de S. Paulo, 27 de agosto de 2013