Quem mora nos condomínios depende de carro para ir a ao mercado, farmácia ou padaria. O fluxo de veículos é intenso e faltam vagas para estacionar os carros. "Caminhões e carros param em lugares proibidos. Não tem vaga no Jardim Botânico", conta o autônomo Victor André.
O vai e vem dos carros não para. "O problema só está aumentando. O comércio cresce e o fluxo de carros piora a cada dia. Está impossível ir fazer compras", destaca a servidora pública Hélia Cassemiro.
Os motoristas param em fila dupla e estacionam na marginal. A sinalização de carga e descarga não é respeitada e os comerciantes reclamam.
"Não tem vaga para meu carro, imagine para os meus clientes. Nem pedestre está tendo vez no estacionamento. O cliente acaba desistindo de comprar no meu comércio e vai num lugar que é mais fácil de estacionar", relata o comerciante Valdomiro Krueger.
"Chega ao ponto de eu perder os meus clientes para o comércio mais próximo, por eu não oferecer uma alternativa de estacionamento", lamenta o comerciante Angelo José Martins.
A administração do Jardim Botânico tem um projeto para ampliar os estacionamentos da cidade que inclui a sinalização das vagas, identificação das paradas para deficientes e de carga e descarga. No entanto, o documento está na Secretaria de Obras, sendo analisado por uma comissão.
Enquanto isso, aproximadamente 60 mil moradores enfrentam diariamente o desgaste de disputar uma vaga. Cansado de esperar por uma solução, o empresário Fábio Meirelles resolveu diminuir o espaço do depósito de madeiras.
"Dá para colocar uns três carros durante o dia, mas sábado não tem como. O número de clientes chega a dez e isso aqui vira um caos. Eu fico aqui na frente, direcionando, estacionando e tirando carro para os clientes", relata.
Fonte: programa Bom Dia DF (TV Globo), 30 de agosto de 2010