A mudança no limite de emissão de poluentes, no entanto, ainda precisa ser analisada pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Não há previsão de quando isso poderá ocorrer. A proposta do ministério, revelada pelo site da revista "Autoesporte", é alterar de 0,3% para 0,5% a emissão máxima de monóxido de carbono em marcha lenta para os veículos gasolina e flex fabricados a partir de 2006, conforme reivindicou a Anfavea (Associação Brasileira de Veículos Automotores).
O Conama havia passado critérios diferentes para os carros em duas resoluções. Em 2002, ele aceitou que os veículos pudessem sair de fábrica com um limite de até 0,5% de emissão de CO. Em 2009, porém, ao dar parâmetros da inspeção veicular, ele fixou 0,3% (para fabricados a partir de 2006). Defensores desse limite alegaram que as montadoras, na prática, já vinham adotando índices inferiores. O problema é que os carros puderam ser fabricados nos três anos anteriores passando por testes de homologação com exigência de 0,5%.
A Folha apurou que a mudança é motivo de preocupação na Prefeitura de São Paulo porque, se for confirmada, abre margem para que inspeções realizadas neste ano e que reprovaram veículos seminovos sejam revistas - e os valores pagos, devolvidos. Essa revisão, porém, deverá atingir somente os que foram reprovados com emissão de CO entre 0,3% e 0,5%. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo diz que a inspeção segue critérios do Conama. Em junho, 20,9% dos veículos analisados foram reprovados.
O mesmo parecer do ministério poderá afetar as motos ano 2009.
Fonte: Folha de S. Paulo, 4 de agosto de 2010