André Silva Júnior comemorou o aumento do fluxo de clientes. Ele administra um estacionamento na Rua Rouxinol. "Antes a gente atendia aproximadamente 20 pessoas por dia. Agora esse número foi para mais de 40. Aproveitamos para aumentar o preço. Alguns clientes reclamaram, mas é uma coisa normal, todo mundo fez", afirmou Júnior "Dependendo do horário, o estacionamento fica cheio, não dá para receber mais ninguém. Para quem quiser ser mensalista, é preciso ficar em uma lista grande de espera", afirmou Marcelo dos Santos, funcionário de uma empresa da Rua Arapanés.
O corte de vagas gratuitas no bairro dividiu a opinião de moradores. Se por um lado é necessário pagar para parar o carro, seja na rua ou em uma vaga particular, por outro o trânsito na região melhorou e é possível encontrar mais facilmente vagas na rua. O talão de Zona Azul custa R$ 3 para uma hora.
Trânsito
"Alguns amigos meus reclamaram, aqueles que não gostam de pagar, e outros elogiaram por encontrarem vagas mais facilmente nas ruas. Antes da medida, muitos carros ficavam ocupando espaço o dia inteiro", afirmou o bancário Lourenço Barros, morador do bairro. Na avaliação de taxistas que trabalham há diversos anos na região, é inegável que o trânsito melhorou. "Em muitas ruas, era permitido estacionar dos dois lados e muitos motoristas paravam em fila dupla. Agora ficou melhor para dirigir e há menos estresse", afirmou Ricardo Costa.
"Alguns moradores se queixaram que precisam pagar para estacionar. Mas quando trafegam no trânsito acham bom que chegam mais rápido ao destino", ressaltou Eduardo Guedes. A eliminação de vagas gratuitas para melhorar o tráfego já foi promovida nas regiões dos Jardins, Itaim Bibi, 25 de Março, Vila Olímpia e ao longo das avenidas Faria Lima e Hélio Pellegrino.
Fonte: Diário de São Paulo, 10 de agosto de 2010