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As grandes cidades devem enfrentar o problema da mobilidade urbana com firmeza. Não há como evitar medidas que provoquem controvérsia e protestos. O fato é que as frotas de veículos particulares têm crescido, ano após ano, em ritmo acelerado e é impossível garantir que o fluxo aconteça de modo contínuo e razoável. As ruas e avenidas são as mesmas, e as possibilidades de obras viárias alargamentos e novos eixos de circulação combinados com ações de engenharia de trânsito são evidentemente limitados e insuficientes.
Todos conhecem a situação atual. Congestionamentos frequentes, vias paralisadas, longo tempo perdido nos deslocamentos. Esse fenômeno, já antigo nas grandes metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, atinge hoje cidades médias. Santos não é exceção: o trânsito vem se complicando de maneira dramática, constituindo- se, segundo pesquisas de opinião, em um dos principais problemas urbanos que afligem a população. São exigidas ações para resolver o problema. Sincronização de semáforos e readequação dos fluxos de trânsito, com o estabelecimento de mão única em determinadas ruas (e inversões em algumas delas), são medidas oportunas e corretas, mas que não darão conta da questão. A solução básica consiste em diminuir o número de veículos particulares nas ruas todos os dias. Isso só será conseguido com transporte coletivo de qualidade, seguro e eficiente, capaz de desestimular o uso de carro próprio. Nesse sentido, planos de mobilidade urbana envolvendo o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a reestruturação do sistema de ônibus, integrando as linhas existentes a ele, constituem opção extremamente importante. Mas é preciso dar condições para que o fluxo de coletivos e dos carros aconteça todos os dias, em todos os períodos. Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) santista mostram que de 3.000 a 4.000 veículos circulam nos horários de pico nas grandes avenidas que ligam o Centro aos bairros, como a Ana Costa e a Conselheiro Nébias. É preciso, portanto, garantir que eles se movimentem com velocidade aceitável. A proibição total do estacionamento durante todo o dia (com exceção do período noturno) nessas avenidas e nos canais da Cidade resulta medida necessária e urgente. Trará reclamações, em função de velhos hábitos, mas não há como evitá-la. Nesse caso, além de melhorar imediatamente o fluxo, fará com que muitas pessoas passem a evitar, aos poucos, utilizar seus carros quando se destinarem a locais situados nessas vias. Até aqui optou-se pelo gradualismo: a proibição existe apenas nos horários de pico da manhã e da tarde, exigindo mobilização de fiscalização diariamente nesses períodos, com resultados insuficientes. Chegou a hora da verdade. A CET não deve hesitar, e o estacionamento deve ser imediatamente proibido.
Fonte: A Tribuna (Santos), 10 de junho de 2014

Categoria: Geral


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