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O aumento da inadimplência em maio refletiu uma "parada brusca" nas fontes de financiamento, na avaliação do chefe de Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC), Altamir Lopes. "Muitas empresas e famílias não têm como rolar a dívida e isso leva a uma inadimplência maior", comentou. Segundo ele, a falta de recursos foi fruto da crise financeira internacional, que teve seu auge em setembro do ano passado. Quando isso ocorreu, os bancos passaram a ser mais seletivos na oferta de recursos, o que trouxe dificuldades para o tomador. Assim, o consumidor deixou de ter à disposição crédito mais barato, como o consignado (com desconto na folha de pagamento) e o direto ao consumidor, e teve de adotar linhas mais caras, como a do cheque especial.
Conforme veiculou a Agência Estado, nesta última categoria, a inadimplência atingiu em maio o maior nível da série histórica, iniciada em 2000. Dados do BC mostram que 10,8% das operações tinham atraso de pelo menos 90 dias. No mês anterior, essa parcela dos empréstimos era de exatos 10%.
O juro médio cobrado no cheque especial chegou a 167,8% ao ano no mês passado, ante 166,3% ao ano em abril. Nessas operações, o spread médio também subiu, passando de 156,3 pontos porcentuais (pp) para 158,4 pp no período. Spread é a diferença entre o custo pago pelo banco para captar recursos e o juro que ele cobra dos clientes. Ainda de acordo com o BC, o saldo dos empréstimos com cheque especial caiu 2,5% em maio ante abril, para R$ 17,59 bilhões. Essa foi a primeira queda do valor emprestado no cheque especial após quatro meses seguidos de aumento do montante.
Ainda segundo dados do BC, a inadimplência nos financiamentos para a compra de veículos atingiu em maio o maior nível da série histórica, iniciada em 2000. No mês passado, 5,4% dos empréstimos para a compra de carros tinham parcelas com atraso de pelo menos 90 dias. Isso quer dizer que brasileiros tinham, no fim de maio, parcelas atrasadas que somavam R$ 4,4 bilhões. De acordo com o BC, a inadimplência no financiamento de veículos tem crescido gradualmente desde o fim de 2007.
Otimismo
Apesar do quadro negativo da inadimplência, que em maio atingiu a maior taxa desde setembro de 2000, Altamir traçou um quadro positivo para o futuro. "Com a restauração das linhas (de crédito), a expectativa é de que a taxa de inadimplência volte a cair", previu. Antes disso, porém, segundo o chefe do Depec do BC, é provável que haja ainda mais alta da inadimplência. "Mas não dá para afirmar que isso ocorrerá."
Fonte: Agência Estado, 25 de junho de 2009

Categoria: Geral


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