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O espaço da rua é público, mas o preço para parar o veículo varia de R$ 5 a R$ 10 por hora. Nas imediações do Mercado Municipal, no centro da capital, flanelinhas dividem o asfalto em lotes e, se o motorista estiver disposto a pagar, entregam até nota fiscal. As vagas na rua Comendador Assab Abdala, no trecho entre a rua da Cantareira e a avenida do Estado, são reservadas de manhã cedo, com caixas e carrinhos de carga. O quarteirão é dividido em quatro "donos", com pelo menos cinco vagas para cada um. Após verificar a entrega de notas fiscais a "clientes", na semana passada, a reportagem do jornal Agora voltou ao local, sem se identificar. Por volta das 9h do dia 8 de junho, um flanelinha tirou caixas de madeira para que o carro parasse e pediu que o veículo ficasse desbrecado. A prática é usada para que os carros fiquem próximos uns aos outros e possam ser afastados de garagens, caso necessário. Para que os veículos não se movam, seus pneus são travados com caixas.
O preço cobrado por uma hora de estacionamento na rua foi R$ 5 - o valor sobe ao longo do dia, quando a região fica mais movimentada. Ao ser questionado sobre a nota fiscal, o flanelinha foi até um estacionamento, na mesma rua, e funcionários fizeram o recibo, por mais R$ 5. O valor descrito no papel poderia ser qualquer um, desde que seguisse os preços cobrados no local (R$ 15 a primeira hora e R$ 10 por hora adicional). O comércio usa duas vagas da rua para manobras, segundo um flanelinha, que afirma ser parente de funcionário.
Segurança
Para cativar os "clientes", flanelinhas oferecem segurança. "Pode deixar a chave ou até o carro aberto que ninguém leva nada. Conhecemos todo mundo", disse um deles. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) diz que o quarteirão loteado pelos flanelinhas possui "muitos locais com guias rebaixadas, com poucas vagas úteis". A delegada Martha Rocha de Castro, do 1° DP (Sé), afirma que os flanelinhas podem ser enquadrados em três crimes: estelionato, pela nota irregular; extorsão, por obrigarem motoristas a pagar; e constrangimento ilegal, por bloquearem a via pública. Já o motorista, se usa a nota falsa para receber um reembolso, e o comércio podem ser enquadrados em estelionato. "Precisamos investigar se o estacionamento tem conhecimento do que acontece", diz. Na rua da Cantareira, em frente ao Mercadão, outro flanelinha "cuida" de cerca de 60 vagas, todas em área de Zona Azul. Cobra R$ 4 por folha - R$ 1 a mais que o preço oficial. Já na General Carneiro, o valor é R$ 5. Segundo a CET, os motoristas devem ligar para o 1188 para delatar a irregularidade.
Fonte: Agora São Paulo, 9 de junho de 2011

Categoria: Geral


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