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Numa cidade em que o transporte público é caro, deficiente e sucateado, os carros invadem as ruas, os meios-fios, as calçadas, as quadras comerciais e onde mais couber o 1,2 milhão de veículos de Brasília. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estacionamentos e Garagens Públicas e Privadas (Seeg-DF), o Distrito Federal possui 80 estacionamentos privados, e 30 estão no centro de Brasília. O preço médio da hora custa R$ 3,50, mas pode chegar a R$ 5, segundo reportagem de O Estado de S. Paulo.
Um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer previa a construção de um obelisco triangular e de um estacionamento subterrâneo para 3 mil veículos no coração de Brasília. A repercussão negativa com a criação de mais um monumento foi tão grande que a proposta acabou engavetada.
Parar no shopping saiu mais caro que o celular
O problema dos estacionamentos atinge todo o País. O músico Raphael Brittes, que mora em Campo Grande, está indignado com os preços em sua cidade. "Até pouco tempo, estacionamentos aqui eram gratuitos", lembra. "Costumo passar férias em São Paulo. Sei que ainda estamos longe dos preços que cobram lá, mas aqui já está caro."
Ele conta que no fim de semana passado foi ao shopping para trocar de celular. "A conta do estacionamento saiu mais caro que o aparelho", disse.
A operadora de telefonia de Brittes subsidiou o aparelho, que saiu por R$ 3,50. "E, no shopping, só a primeira hora do estacionamento custa R$ 4", conta, indignado.
Frequentador da noite de Campo Grande, o jovem relata que as baladas e bares também têm cobrado preços exorbitantes nos valetes. "Não existe mais nada por menos de R$ 15. Isso é muito se pensarmos que, até há pouquíssimo tempo, conseguíamos parar nas ruas de graça."
Fonte: O Estado de S. Paulo, 12 de junho de 2011

Categoria: Mercado


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