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Três anos depois do início das restrições na região central de São Paulo e da exigência de troca de parte da frota, um quarto dos fretados deixou as ruas da capital. Eram quase 6 mil circulando diariamente pela cidade em 2009. Hoje, não passam de 4,5 mil, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte por Fretamento (Transfretur). Na época, a Prefeitura chamou os fretados de "táxis de luxo", que competiam com o transporte público, e afirmou que a restrição em uma área de 70 km2 melhoraria o trânsito, lembra O Estado. Com isso, ônibus que deixavam os passageiros na porta das empresas tiveram de passar a fazer o desembarque em estações do metrô - Brás, Barra Funda e Imigrantes.
O administrador de empresas Antonio Mantovani, de 56 anos, até tentou manter a comodidade. "Aumentou meu custo e era um desgaste à toa. Resolvi parar com a maratona do transporte público e pagar garagem. Agora, só venho de carro", diz. Segundo o Transfretur, muitos tiveram a mesma decisão. "Em 2009, tínhamos 370 mil pessoas usando fretados. Hoje, são cerca de 300 mil. Quem saiu do fretado foi para o carro", diz o diretor executivo da Transfretur, Jorge Miguel dos Santos.
A Prefeitura, no entanto, afirma que o trânsito melhorou. Segundo dados da Secretaria dos Transportes, em 2008, antes da restrição, a média de lentidão foi de 89 km no período da manhã e de 129 km à tarde. No ano passado, foram 80 km e 108 km, respectivamente. Nesse período, porém, além dos fretados, também houve restrições a caminhões na cidade.
A administração municipal afirma ainda que na Avenida Paulista, onde se concentravam muitas linhas de fretados, a velocidade média dos ônibus comuns no pico da manhã passou de 11,69 km por hora para 17,12 km por hora.
Crítica
Para o consultor e engenheiro de tráfego Horácio Figueira, a Prefeitura errou ao restringir essa alternativa. Para ele, quem está acostumado a ir sentado, no ar-condicionado, saindo da porta de casa e chegando diretamente ao destino, só trocaria o carro por algo parecido. "O fretado é uma alternativa para tirar carros da rua e a cidade não gastaria nada com isso", afirma.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 5 de outubro de 2012

Categoria: Geral


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