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Um belo carrão importado, com luxo e desempenho de alto nível, é o sonho de todo apaixonado por belas máquinas. O problema é que o preço acaba fazendo o sonho virar pesadelo. Aí surge a dúvida: não dá para trazer um modelo completo sem pagar tanto por isso? Quem sabe, até, trazer o carro "no braço" mesmo, dirigindo até o Brasil? É uma alternativa viável ou pura ilusão?, questiona reportagem da revista Autoesporte.
"Se preferir, o consumidor tem sim como trazer um modelo de outro país por conta própria. Mas não é um processo tão simples, ainda mais se o veículo escolhido não passou pelo processo de homologação no Brasil", explica José Luiz Gandini, presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores, a Abeiva.
Mas vale o lembrete: só é possível trazer modelos novos, zero quilômetro - a lei brasileira não admite a importação de veículos usados, exceto daqueles com mais de 30 anos, que recebem permissão para entrar legalmente no País como modelos antigos, de coleção. Para cuidar dessa compra, a maior parte dos interessados viaja até Miami (EUA). "É o destino mais comum. O comprador, além de pagar o custo do carro, precisa bancar também o seguro e o frete para embarcar o modelo", comenta o presidente da Abeiva.
De acordo com uma simulação proposta por Gandini, um modelo que custe US$ 10 mil sairá de lá um pouco mais caro por conta do custo do frete, que acrescenta mais US$ 700 ao valor final do modelo, mais US$ 17 do seguro. Até aí, nada muito absurdo. Ao chegar aqui, o modelo deve passar pelo processo de homologação ainda no porto, se for o caso. Senão, é um problema a menos para o comprador, que, mesmo assim, terá de arcar com uma quantidade impressionante de taxas e impostos.
O primeiro deles é o imposto de importação, nada menos que 35% sobre o valor do carro embarcado - ou seja, o veículo mais frete e seguro. Além dele, há também o IPI, que eleva o preço do modelo em mais 25%, e o ICMS, de 12%. Não acaba aí. É preciso pagar uma taxa de 25% para a Marinha Mercante e outra de 0,25% (US$ 54) de armazenagem para o desembaraço, além de US$ 50 para a movimentação do veículo no porto e mais US$ 100 para outros custos de operação, além de mais US$ 100 pelos serviços do despachante. Fez a conta? No fim do processo, o carro, que saiu dos EUA por US$ 10.717, chega por US$ 21.030, o equivalente a R$ 38.905,50 - considerando o dólar a R$ 1,85.
Guiando pelo Mercosul
Se Miami está longe demais para seus planos, não ajuda muito pensar em comprar um carro em algum país do Mercosul e vir dirigindo para cá para anular o custo do frete. "Veículos com placas de outros países não podem ser vendidos em nosso mercado. O que é possível é trazer um modelo zero quilômetro de algum país vizinho, mas, em tese, não é algo muito interessante porque não há opções tão diferentes das que são vendidas por aqui. Além disso, temos em nosso mercado carros produzidos, por exemplo, na Argentina e no México, trazidos regularmente pelas próprias montadoras", lembra o presidente da entidade.
De qualquer forma, para quem insiste nessa possibilidade, a vantagem é que não existe imposto de importação - aquele mais alto, de 35% - para modelos fabricados nos países que pertencem ao Mercosul e também para aqueles produzidos no México (condição garantida por acordos comerciais).
Tendo tudo isso em vista, é melhor pensar bem antes de se arriscar a trazer um importado por conta própria. Apesar de custar menos, o carro dos sonhos pode ser um risco para o comprador no caso de algum defeito de fabricação. Já pensou em ter de levar o carro de volta ao país de origem para requisitar um reparo em garantia? Claro que ninguém (ou, quase ninguém) deve fazer isso, mas, se a máquina quebrar em menos de um ano, lá vai mais dinheiro para consertar o carrão.
Talvez seja mais prudente comprar seu importado exclusivo de uma empresa especializada, que ofereça garantia, ou escolher algum bom carro trazido ou fabricado aqui mesmo pelas várias montadoras espalhadas pelo Brasil.
Fonte: revista Autoesporte, 2 de junho de 2010

Categoria: Geral


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