Naquele mês, também houve corrida dos consumidores às concessionárias por causa do tributo, cuja alíquota voltou a subir gradualmente em outubro.
Em 1º de abril, os carros a álcool ou flex de mil cilindradas tiveram a alíquota elevada de 3% para 5%. Já nos de até 2.000 cilindradas, o percentual passará de 7,5% para 11%. Para caminhões, a isenção do tributo permanece até junho, quando a alíquota retorna a 5%.
Confiança
De acordo com pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas), as indústrias de bens de consumo duráveis atingiram em março 90,9% de utilização da capacidade instalada, influenciadas pelo fim da redução de IPI para veículos e móveis. Na média, o uso ficou bem abaixo desse patamar (84,3%).
A confiança dos empresários desse segmento, aliás, caiu 4,4% entre fevereiro e março, ante um crescimento de 0,6% do índice geral. Para Aloísio Campelo, coordenador do Núcleo de Pesquisas e Análises Econômicas da FGV, essa pequena queda se deve à expectativa do que vai acontecer com o fim do benefício fiscal, mas o impacto deve ser moderado. O efeito, na sua avaliação, será atenuado pelo crescimento da massa salarial, a geração de empregos e a redução da inadimplência.
Fonte: Folha Online, 1º de abril de 2010