"Agora, caiu no esquecimento, no descaso", afirma um rapaz. "No início, era uma coisa mais séria, as pessoas respeitavam mais. Hoje, não", diz a professora Naiá Carrijo.
Em 2008, 157 pedestres morreram no DF. Sendo seis ao atravessar em faixas. No ano passado, o número de mortes de pedestres caiu para 115 mortes, 27% a menos. Mas subiu o número de mortos nas faixas: 11. Quase o dobro. Seis deles eram idosos. E a maioria dos motoristas que desrespeitaram a faixa e causaram as mortes era de jovens, entre 18 e 29 anos.
Os pedestres não são obrigados a acenar antes de atravessar, mas aprenderam a fazer o sinal como garantia de segurança. Quando levantam o braço, os carros param ou deveriam parar.
Carro, ônibus. Não foi difícil flagrar veículos ignorando o pedestre e passando direto na faixa. E também é fácil encontrar pedestre sem fazer o "Sinal da Vida", com o braço. De acordo com o Detran, 88% dos motoristas param na faixa assim que a pessoa acena. Metade dos pedestres, 50%, faz o sinal da vida. Muitos, no entanto, não esperam os carros pararem.
E, para educar tanto motoristas quanto pedestres, agentes do Detran realizaram, dia 1º, uma campanha com teatro e distribuição de panfletos. "Boa parte dos condutores acabam não prestando atenção em relação à velocidade, ao carro que está parado. Muitos não observam se o carro está parado em função da faixa de pedestre ou para embarque e desembarque. Muitos pedestres estão entrando na faixa sem indicação e, principalmente, sem observar se o condutor tem condição de parar", explica o chefe de educação no Trânsito Marcelo Granja.
Quem não para na faixa comete infração gravíssima, com multa de R$ 191 e sete pontos na carteira.
Fonte: DFTV 1ª Edição (TV Globo), 1º de abril de 2010