Por um lado, quem se arriscava pelas novas faixas podia ter uma economia de tempo de até 14 minutos na viagem de ponta a ponta da marginal Tietê em relação às pistas antigas. Por outro, os engarrafamentos no sentido Lapa-Penha por volta das 18h de não eram motivo de ânimo após a entrega da primeira fase do empreendimento de R$ 1,8 bilhão. Mesmo com mais faixas para trafegar e sem nenhuma interferência significativa no trânsito (como chuva ou acidentes graves na via), os veículos trafegavam num ritmo igual ou até inferior ao de um corredor a pé.
Pela nova pista central, a velocidade média nesse horário se limitava a 20,4 km/h - similar à de um campeão da São Silvestre. Na local, era de 17,1 km/h. Na expressa, 16,3 km/h. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) previa que, após a ampliação da marginal Tietê (que aumentou de 8 para até 11 faixas por sentido), a velocidade média subiria 35%, atingindo a marca de 50 km/h. Questionada pela Folha, ela não explicou os detalhes da meta - para dizer em que períodos do dia e em que pistas esse ritmo pode ser alcançado.
Especialistas avaliam que essa condição da marginal é momentânea, até que os motoristas se acostumem com a nova configuração da pista. Depois, a tendência é que as expressas sejam mais rápidas.
Fonte: Folha de S. Paulo - SP, 31 de março de 2010