Às 19h10, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou 162 km de lentidão na cidade, dos quais 36 (22%) estavam nas pistas da Marginal do Tietê, no sentido Ayrton Senna.
Já o Trecho Sul do Rodoanel, aberto às 6h40 do dia 1º, teve bom desempenho em seu primeiro dia de funcionamento, apesar da falta de placas indicando mais claramente as saídas. Além disso, as obras ainda em andamento em algumas alças de acesso confundiam e atrapalhavam motoristas.
Um dos principais problemas constatados pelo Estado foram os trechos ainda não finalizados. Uma das alças da Rodovia Régis Bittencourt, por exemplo, ainda não estava aberta ao trânsito, assim como uma das duas pistas do acesso da Rodovia Anchieta para o Rodoanel. Na ligação entre o Trecho Sul e a Avenida Papa João XXIII, em Mauá, um viaduto estava inacabado e o trânsito era feito em apenas uma faixa, demarcada por cones.
A falta de fiscalização contribuiu para que motoristas dirigissem a mais de 140 km/h - a velocidade máxima é de 100 km/h. Segundo o comandante do policiamento do Rodoanel, tenente Luís Antônio Tajaíba, há mais radares no Trecho Sul fazendo "rodízio", que variam de acordo com o horário e local. Ele disse que não poderia informar a quantidade nem onde os aparelhos estavam posicionados.
Outro problema apontado pelos motoristas foi a falta de retornos entre as Rodovias Régis Bittencourt e Imigrantes. O trecho tem 42 km de extensão em cada sentido e, como já havia sido definido no projeto, não há postos de combustível nem oficinas mecânicas no trajeto. Isso significa que, caso um motorista vindo da Rodovia Raposo Tavares para a Régis Bittencourt se perca, por exemplo, ele terá de percorrer mais de 80 km antes de conseguir fazer o retorno.
A Secretaria Estadual de Transportes diz que a ausência de retorno é característica de rodovias de classe zero - como são denominadas as estradas de alto padrão técnico e controle total de acesso, como o Rodoanel.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 2 de abril de 2010