No encontro internacional na turística Cancún, no caribe mexicano, Calderón pediu aos países produtores e consumidores para modificarem os padrões da geração e o consumo de energia. "O momento de atuar é agora se quisermos diminuir os efeitos da mudança climática. Devemos entender que o compromisso com o meio ambiente e com a sustentabilidade não deve se opor ao desenvolvimento", assinalou o presidente mexicano.
Calderón lembrou que o aquecimento global causou um aumento na quantidade de furacões nas costas mexicanas, as maiores inundações e as piores secas registradas nos últimos 70 anos. "Por isso, o México está comprometido em ser parte da solução do problema do aquecimento global. O Governo do México propôs que, para 2012, ao menos 26% da energia gerada no país provirá de fontes renováveis", assegurou o governante mexicano.
Calderón destacou que, apesar de ser um país petroleiro, o México fica atualmente dentro dos 15 países do mundo com maior geração de energia eólica.
Por sua parte, o secretário-geral do FIE, o holandês Noé Van Hulst, pediu aos presentes o "compromisso" de gerar confiança e poder atender os temas centrais que faziam parte da agenda de trabalho na reunião de Cancún.
A ministra mexicana de Energia, Georgina Kessel, destacou o papel de Arábia saudita e Reino Unido, que mantiveram o diálogo energético nos últimos dois anos. A ministra afirmou que a interdependência do mercado energético de hoje "obriga" a fortalecer os laços de cooperação entre as nações.
Do fórum, participam mais de meia centena de ministros de Energia, 16 organismos internacionais e 38 companhias do setor energético, que representam mais de 90% da demanda e oferta mundial, tanto de petróleo como de gás.
O FIE está constituído por países que integram a Associação Internacional de Energia e da Opep, assim como economias emergentes, como Brasil, China, Índia, México, Rússia e África do Sul.
Fonte: agência EFE, 30 de março de 2010