Além disso, neste mesmo período, foram flagrados três taxistas apanhando passageiros dentro das pistas separadas pela linha azul contínua. Pelas normas da prefeitura, os táxis não podem trafegar vazios e nem pegar ou deixar passageiros nos corredores BRS. Entretanto, a fiscalização deixa a desejar. Em todo o período em que a equipe do DIA permaneceu na via não encontrou agentes da Guarda Municipal, que são os responsáveis por reprimir essas infrações.
Na Zona Norte, também é comum ver um verdadeiro desfile de táxis sem passageiros na única faixa do BRS da Marechal Rondon, que liga os bairros do Méier e Maracanã, também sem presença dos agentes. Na opinião do gerente de Políticas Públicas do ITDP (sigla em inglês para Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento), Pedro Torres, mesmo que o táxi tenha um papel complementar na mobilidade urbana, os veículos não devem atrapalhar o transporte coletivo.
O trabalho de fiscalização dos agentes é dificultado pelos vidros escuros de muitos veículos, que impedem a visibilidade do interior do automóvel. Além disso, principalmente durante o dia, é difícil notar a luz indicativa de que o táxi está livre, no teto do veículo.
O professor de Engenharia de Transportes da UFRJ Paulo Cezar Ribeiro avalia, no entanto, que a exclusão do táxi da faixa preferencial do ônibus é delicada. ?É difícil ser categórico, pois, se o táxi passar a trafegar na pista comum, o usuário pode migrar para o veículo particular, já que perderá o diferencial?, explicou.
Fonte: O Dia (RJ), 4 de fevereiro de 2014