A uma taxa anual de 3,6%, o número de motos cresce, em média, quase o dobro do que o de carros, que, entre 2011 e 2012, variou 1,9%, alcançando o patamar de 5,3 milhões de automóveis emplacados.
Em ritmo de expansão, a categoria das motocicletas só perde para a das caminhonetes, que subiu 5,7% nos últimos dois anos, segundo o Detran-SP. Apesar disso, são restritas as políticas públicas voltadas à segurança do deslocamento das motos, que são o segundo tipo de veículo individual mais usado na cidade.
Em 2013, a medida mais visível colocada em prática pela Prefeitura foi a criação de 103 bolsões para as motos pararem na frente dos carros enquanto aguardam o semáforo abrir. Instalado em grandes cruzamentos, como o das Avenidas Rebouças e Brasil, na zona oeste, o mecanismo "tem por objetivo melhorar a segurança de motociclistas e ciclistas em trânsito", informou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Acidentes
A Prefeitura informou que a ação foi tomada porque a motofaixa não reduziu os acidentes com motos e, sim, os aumentou em 152% entre 2006, quando foi implementada, e 2012. "Mas a maioria dos motoboys aprova e usa as faixas só de motos", diz Santos. A única motofaixa hoje é a da Rua Vergueiro. O Sindimoto pede a criação de mais desses dispositivos.
Os motofretistas criticam ainda o estreitamento das faixas em avenidas como a 23 de Maio, após a criação das faixas exclusivas para ônibus. "Assim, fica inviável para o motociclista circular no corredor entre as faixas", afirma Santos. Para Flamínio Fichmann, urbanista e consultor em Engenharia de Tráfego, o poder público deveria vetar a circulação de motos por esses corredores.
Em 2012, 438 pessoas morreram em acidentes com motos na cidade.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 3 de fevereiro de 2014