Na fase inicial de testes serão disponibilizados três Fiat 500 e seis estações de aluguel e devolução dos veículos, no Bairro do Recife (área histórica da capital pernambucana). Atualmente, a Serttel afirma atuar com cinco frentes de negócios, como a área de rede de semáforos (35%), o segmento de bicicletas públicas (25%), a fiscalização eletrônica urbana (20%), os estacionamentos públicos (20%) e, por fim, a operação de trânsito (20%).
"Daqui a dois anos, em 2016, queremos alcançar um faturamento de R$ 300 milhões. A empresa cresce a média de 50% ao ano e para garantir fôlego a essa expansão estamos realizando investimento médio anual na casa de R$ 15 milhões. Contratamos a Deloitte para fazer um business plan (plano de negócio) e apontar novas possibilidades de negócios e caminhos para captação de recursos", declarou o presidente da Serttel, Angelo Leite.
Sobre o projeto-piloto, Leite observa que "quando a proposta estiver mais madura, a ideia é que os carros tradicionais sejam substituídos por modelos elétricos. O objetivo do compartilhamento, por si só, já é uma tentativa de contribuir com a mobilidade e a diminuição das emissões de gás carbônico". O executivo diz que o valor do investimento no projeto não está fechado, mas a iniciativa conta com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação e do governo do Estado.
Tecnologia e serviços
A tecnologia usada no compartilhamento dos carros será semelhante a do aluguel de bicicletas. As estações serão monitoradas a distância e cada veículo terá um chip que se comunica com o sistema de controle, informando quando o carro é retirado e devolvido nas estações.
O sistema trava e destrava os veículos nas estações e também pode bloquear o uso à distância. O Porto Digital e a Serttel ainda não definiram quanto vai custar o aluguel. Diferente da experiência das bicicletas, o projeto não conta com patrocínio. O que existe é uma parceria com a Fiat, que doou os carros. A montadora está construindo uma fábrica em Pernambuco e tem interesse em estreitar relações com o Estado.
O tempo de aluguel dos veículos vai variar de trinta minutos a uma hora, conforme explicou o executivo. Se o prazo de uso for ultrapassado, o usuário pagará uma taxa extra a cada meia hora excedente. Para alugar o veículo, as pessoas terão a opção de comprar um passe mensal ou diário. O usuário poderá acessar o serviço de socorro, no caso de o automóvel quebrar durante o aluguel.
Fonte: DCI (SP), 30 de janeiro de 2014