De acordo com o Detran, três fatores contribuíram para a alta do índice de autuações. ?Um deles é o aumento da frota, que passa de 3 milhões no estado. Também subiu o número de radares fixados nas ruas da cidade. E, por fim, também existe a questão da falta de educação, pois alguns motoristas insistem em desrespeitar as leis?, afirma o diretor de Operações do órgão, tenente-coronel Márcio Vicente.
Em Goiânia, além do excesso de velocidade, as infrações mais comuns em 2013 foram: transportar crianças fora das normas de segurança (108.525), ultrapassar o sinal vermelho ou parada obrigatória (108.088) e dirigir sem Carteira Nacional de Habilitação (46.825).
No interior do estado, a situação não é diferente. Na BR-060, em Jataí, a Polícia Rodoviária Federal flagrou no fim de 2013 carros rodando a 107 km/h, em um trecho em que a velocidade máxima permitida é de 60 km/h. Em Anápolis, o excesso de velocidade é ainda maior, com motociclistas flagrados a até 300 km/h.
Com tanto desrespeito às leis, especialistas acreditam que só as multas não são suficientes para mudar os comportamentos. ?Seria necessário equipar mais, implantar mais programas de educação para o trânsito. Difundir o comportamento positivo, ao invés de focar todas as atenções nas multas. Elas são necessárias, mas não podem ser a única opção?, diz a especialista em psicologia de trânsito, Gardênia Lemos.
Quem encara o trânsito todos os dias sabe que a pressa está longe de ser a melhor aliada. ?Educação é fundamental. Os motoristas precisam levantar 15 minutos mais cedo e seguir a viagem sem estresse?, diz o motorista Luismar de Almeida.
Fonte: portal G1, 3 de fevereiro de 2014