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Seja por medo de multa ou por saber a sua importância, o fato é que quase todos os motoristas paulistanos usam cinto de segurança. Porém, ainda há grande resistência por parte dos passageiros, principalmente os do banco de trás. Estudo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostra que apenas uma em cada dez pessoas no banco traseiro obedece a regra.
O jornal Estado de S. Paulo ressalta que o trabalho da CET analisou o comportamento de motoristas de ônibus e táxis e dos ocupantes dos veículos particulares. Dentre os condutores, o índice mais alto de adesão ao cinto de segurança foi registrado entre os taxistas: 99%. O cumprimento da regra - em vigor na cidade desde 1994, antes mesmo da implementação do Código de Trânsito Brasileiro (em 1997) - também é considerado bom entre os motoristas de ônibus (98%) e dos carros de passeio (96,4%).
Os passageiros no banco da frente também costumam utilizar o cinto de segurança (92,9%). No entanto, os demais ocupantes dos veículos particulares praticamente ignoram as regras de segurança. Apenas 28,4% das crianças são transportadas de maneira adequada e 11,2% dos adultos usam o cinto de segurança atrás.
"O motorista ainda tem a preocupação de que vai ser multado, mas esse comprometimento não existe em quem está atrás", diz a gerente de Segurança da CET, Nancy Schneider. Ela acrescenta que o maior risco é uma falsa sensação de segurança por quem está no banco de trás.
Perigo duplo
Os especialistas afirmam que o risco de morte do motorista e do passageiro do banco dianteiro aumenta cinco vezes, se os ocupantes atrás não usam o cinto. "Sem ele, quem está na frente também poderá ser atirado contra o painel, apresentar lesões graves e morrer. Quem está atrás corre os mesmos perigos e afeta os demais ocupantes", diz o vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), José Montal. As consequências vão de lesões graves, sobretudo na medula, até a morte.
Como os corpos dos ocupantes estão soltos, eles serão arremessados contra o motorista e o passageiro da frente. A multiplicação do peso da pessoa pelo valor da desaceleração provocada pelo acidente pode resultar em um efeito de até 3 toneladas sobre os ocupantes da frente. "As estruturas do banco e do cinto de segurança não são feitas para aguentar isso. Então os equipamentos de segurança de quem está na frente perdem o efeito", diz o gerente técnico do Centro de Estudos Automobilísticos (Cesvi), Marcus Romaro.
Apesar de o desrespeito ser maior por parte dos passageiros, conforme o estudo, a quantidade de multas por falta de cinto ainda é majoritariamente aplicada aos motoristas - um indício de que os passageiros não são devidamente fiscalizados. Foram 146,4 mil multas no ano passado por essa infração - e apenas 16,8 mil (11,5%) ocorreram por falta do acessório em passageiros.
A CET afirma que está intensificando a fiscalização do cinto no banco de trás, tanto que as multas do ano passado, apesar de baixas, já são o dobro das registradas no ano de 2008. Segundo a CET, a quantidade vai aumentar ainda mais por causa do reforço no quadro de agentes - atualmente há 2,4 mil.
Cinto será tema de campanha e ações publicitárias
A pesquisa "A balada, o carona e a lei seca", realizada pelo Denatran em 2009 com estudantes do ensino médio, revelou que, mesmo conhecendo e concordando com a obrigatoriedade, só dois em cada dez jovens afirmaram utilizar sempre o cinto no banco traseiro.
Diante dessa constatação, o Contran elegeu para 2010 o cinto de segurança como tema da Semana Nacional de Trânsito. Em setembro, será lançada campanha nacional sobre o tema, que abordará principalmente a importância do uso do cinto por ocupantes do banco traseiro. Outro fato a destacar é a Lei Federal 12.006, que tornou obrigatório que as campanhas publicitárias de veículos passem a divulgar mensagens educativas. O Denatran está definindo as frases para essas campanhas e o cinto será um dos temas.
Trabalhar pela utilização do cinto é um desafio e um compromisso a ser assumido por todos os profissionais da área de trânsito. Por isso, não basta somente o legislador atuar, é essencial que os órgãos realizem campanhas de conscientização e fiscalizem com rigor.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 26 de julho de 2010

Categoria: Geral


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