Na comparação com a gasolina, abastecer com álcool nos dois primeiros meses de 2010 era desvantajoso em quase todos os Estados.
"A tendência é que o mercado fique do mesmo tamanho. A demanda, neste ano, será semelhante à observada em 2009", afirma Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica.
Depois de um longo período em baixa, as vendas de álcool começaram a disparar a partir de 2003, à medida que a frota de carros flex cresceu.
Naquele ano, o consumo era de 3,2 bilhões de litros. Desde então, cresceu 412% e chegou a 16,4 bilhões de litros no ano passado, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo). Atualmente, 40% da frota do País podemos ser abastecidas tanto por álcool quanto por gasolina.
O preço médio do litro do álcool, em todo o Brasil, chegou a R$ 1,983 em fevereiro. Foi o pico da cotação nos postos. Em junho, já era possível encontrar o combustível por R$ 1,537.
As chuvas no fim do ano passado e o aumento da frota de veículos encurtaram o espaço entre a demanda e a oferta, e fizeram os preços dispararem.
Analista da Agra FNP, Bruno Baús estima um consumo igual ou um pouco maior, em comparação com 2009. O especialista projeta elevação nos próximos meses, em função da expectativa de preços mais estáveis.
Fonte: BOL Notícias, 23 de julho de 2010.