Foi o caso do empresário Sérgio da Silva Oliveira, reprovado duas vezes na inspeção de sua Mercedes 350 ML blindada. O limite de emissão do carro modelo 2007 é de 0,3% de poluentes. Mas, apesar de ter passado por regulagens antes da vistoria, o carro emitia 0,4%.
"Passou uma Kombi caindo aos pedaços antes de mim, cujo limite é 6. Ela polui muito mais do que o meu carro, que usa uma tecnologia de ponta", queixa-se Oliveira, para quem a qualidade da gasolina vendida na cidade prejudicava o resultado. Na terceira inspeção, a Mercedes foi, enfim, aprovada, depois de uma regulagem para uso de combustível de alta octanagem.
Já Geraldo Amaro de Araújo, dono de um Monza 93 movido a gasolina - que pertence à categoria que mais polui -, conseguiu aprovação sem problemas. "Olho sempre o carburador, faço a manutenção, troco o óleo. Não acho que meu carro polua tanto. Tem veículo novo por aí que suja mais o ar." Ele só tira o Monza da garagem para dar algumas voltas no Grajaú, zona sul.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 20 de julho de 2010