Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran), de maio para junho de 2009 a cidade ganhou mais 24,5 mil carros, totalizando uma frota de 4,9 milhões de automóveis. Em horários de pico, estima-se que 4 milhões de unidades circulem pelas ruas da Capital. Segundo o Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo (Sindepark), há 900 mil vagas em estacionamentos particulares.
A tendência de maior procura por vagas de estacionamento é confirmada pelo presidente da Colliers, responsável pela pesquisa, Ricardo Betancourt. Segundo ele, houve diminuição da oferta no primeiro semestre do ano, aparentemente por diminuição de terrenos disponíveis, além da eliminação de pontos de Zona Azul. "Em cidades grandes como São Paulo, ter transporte público de qualidade é fundamental. Senão, as pessoas querem o conforto dos carros, e não há espaço suficiente."
Até o final do ano, a tendência é piorar, por causa da lei que restringe a circulação de ônibus fretados em locais de concentração de escritórios. "Desse jeito, o preço dos estacionamentos vai continuar subindo."
Outras grandes metrópoles do mundo possuem "estacionamentos caríssimos", diz Betancourt. O centro de Londres tem o preço mais caro da vaga mensal entre 140 países pesquisados: US$ 1.020,23. O bairro West End, também em Londres, ficou em segundo lugar, com US$ 955,52. Na América Latina, os estacionamentos mais caros em valores mensais estão nas capitais Bogotá (US$ 280), Buenos Aires (US$ 150), Lima (US$ 145), São Paulo e Santiago (US$ 140). Nos valores de diárias, a cidade mais cara foi Amsterdã, com US$ 70,77. Em segundo lugar, o centro de Londres (US$ 56,68, aumento de 17% em relação a 2008). Depois aparecem Viena e Haia, ambas com US$ 56,62. Os preços ficaram praticamente estáveis em relação à pesquisa do ano passado e só tiveram uma alta mais expressiva em localidades da África do Sul, do Oriente Médio e da América Latina.
Fonte: Diário do Comércio (SP), 24 de julho de 2009