As colisões provocam o maior número de vítimas nas capitais brasileiras, seguidas pelos atropelamentos. São Paulo, com a maior frota do País, tem o maior número de casos. Mas, quando se compara o total de acidentes com o total da população, outras cidades assumem a liderança neste triste ranking: Campo Grande, Boa Vista, Goiânia, Palmas e Curitiba têm as maiores taxas de mortes no trânsito por grupo de cem mil habitantes.
Foi em Curitiba que o ex-deputado estadual Fernando Carli Filho bateu em alta velocidade em um automóvel que cruzava uma avenida. Os dois ocupantes do carro atingido morreram na hora. Carli Filho estava com a carteira vencida e, de acordo com o exame de sangue, tinha bebido antes de dirigir. O ex-deputado responde ao processo em liberdade.
A impunidade não é só uma sensação. É fato, de acordo com juízes e desembargadores. O índice de condenação por crimes de trânsito é muito baixo e uma das explicações para isso está na própria lei. O prazo que o Estado tem para julgar e punir um culpado é considerado curto. Quando prescreve, o réu está absolvido.
No caso de homicídio culposo, por exemplo, o prazo é de oito anos. Se o crime for lesão corporal culposa, o tempo é ainda menor: quatro anos.
A maioria dos mortos em acidentes de trânsito tinha uma grande quantidade de álcool no sangue. Entre as mulheres que morreram em acidentes, 70% tinham mais álcool no sangue do que o permitido por lei.
No ano passado, com a regulamentação da Lei Seca, o número de internações caiu 28% em todo o País.
Fonte: Bom Dia Brasil, 21 de julho de 2009