O funcionamento é mais parecido com o de um metrô sobre a terra. Em vez de várias rotas de ônibus pela cidade, são apenas sete linhas com interseções. Os passageiros pagam a tarifa ao passar o bilhete nas roletas, que dão acesso às estações de embarque. O processo evita filas de pagamento da tarifa na entrada do ônibus.
Versões deste sistema estão sendo planejadas e implementadas em vários países, como México, Indonésia e Índia. Além de oferecer transporte público eficiente, os ônibus melhoram o tráfego e ajudam a diminuir a poluição, por um custo menor do que a construção de linhas de metrô. Um quilômetro e meio de metrô custa 30 vezes mais do que o sistema de ônibus rápido e a manutenção é três vezes mais cara.
Com 1,6 milhão de viagens diárias, o "TransMilênio" permitiu que Bogotá retirasse sete mil ônibus das ruas. Apesar de ser abastecido com diesel, o motor eficiente reduz o uso do combustível e desde a implementação da primeira linha, em 2001, as emissões de poluentes caíram 50%. Em reconhecimento, o projeto de transportes em larga escala foi o único aprovado pelas Nações Unidas para vender créditos de carbono.
As avenidas largas e a tradição em viagens de ônibus foram os ingredientes para o sucesso do sistema em Bogotá. Durante as obras de adaptação para implementar o "TransMilênio", um terço das vagas de estacionamento nas ruas foi desativado e o rodízio de automóveis adotado.
Fonte: The New York Times, 23 de julho de 2009