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As concessionárias de estradas paulistas e a Secretaria dos Transportes do Estado alegam que os radares contribuem para a redução de acidentes. Algumas concessionárias apontaram à Folha que houve redução de até 36,3% no número de mortos em relação a antes dos radares. Entre as que apontaram reduções está a SPVias Rodovias Integradas do Oeste S/A, responsável desde 2000 por uma malha de 516 km que abrange seis rodovias, como a Castello Branco e a Raposo Tavares (entre Araçoiaba da Serra e Itapetininga).
A concessionária informou que, entre 2002 e 2009, houve uma diminuição de 36,24% no total de mortos. Já a concessionária Triângulo do Sol, responsável, entre outras, pela administração da rodovia Washington Luís (SP-310), entre São Carlos e Mirassol, registrou queda de 21% no número de mortos e de 9% no total de acidentes com mortes em 2009 com relação a 1999 (a concessão começou em 98). Já a Centrovias diz que registrou queda de 36,3% no número de mortos e de 6,2% no de acidentes, mas que "não é possível afirmar que a redução ocorreu devido aos radares".
Fiscalização é necessária
O professor da área de transportes da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp Carlos Alberto Bandeira Guimarães diz que as fiscalizações de velocidade por meio de radares são necessárias para a redução de acidentes. "Só leva multa quem não presta atenção nos avisos, que são obrigatórios aqui no Brasil. Tem de ter fiscalização, faz parte da gestão do tráfego", afirma Guimarães.
O especialista explica ainda que a engenharia de tráfego se baseia em um tripé que, se respeitado, garante maior segurança no trânsito. "Um é a engenharia, pois garante melhorias nas condições das pistas. Os outros dois são a educação no trânsito, com faixas e campanhas, e a fiscalização, na qual se inclui o radar de controle de velocidade."
Fonte: Agência Folha, em Campinas (SP), 29 de abril de 2010

Categoria: Geral


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