Segundo o jornal Estado de S. Paulo, o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos da Baixada Santista (Sindicam), José Luiz Ribeiro Gonçalves, recebeu ao menos cinco denúncias de caminhoneiros atingidos por pedras jogadas de cima da passarela do km 29, por exemplo. "Daí o cara pensa: se eu parar, vou ser assaltado. E com isso já começou a se discutir se vale a pena passar por lá depois das 19 horas. São reclamações pontuais, mas precisa de mais fiscalização naquela área", relata.
O caminhoneiro Elias Guedes Junior, de 31 anos, diz que não utiliza o Rodoanel após as 22 horas. "Não tenho coragem, existem uns trechos muito abandonados, cheios de favela, tenho medo de ladrão e a essa hora compensa passar pela Bandeirantes", comenta. Ele transporta açúcar do interior paulista para o terminal portuário da Cosan.
Procurada, a Secretaria de Estado dos Transportes respondeu que não há registros criminais no Trecho Sul. "E, independentemente da ausência de registros, o Policiamento Rodoviário realiza ações de prevenção a ilícitos penais."
Custo de manutenção
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), Marcelo Rocha, acredita que mesmo os motoristas que realizam viagens mais longas daqui a um tempo vão perceber a economia trazida pelas pistas novas. "Além da economia de óleo diesel, ganhamos com a manutenção geral do motor. Na estrada ainda se gasta menos óleo de motor e embreagem", afirma, lembrando que a Associação Nacional de Transporte de Carga e Logística está preparando um estudo que mostrará os benefícios que o Rodoanel trouxe para o setor.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 1º de maio de 2010