Para a PM, há duas explicações para esse crescimento. A primeira é o aumento das operações da Lei Seca. "No ano passado, elas aconteciam de quinta a domingo. Neste ano, são diárias", afirma o capitão do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) Paulo Oliveira. Apesar de o principal objetivo dessas blitze ser a fiscalização da Lei Seca, os policiais autuam outras infrações, caso da falta de cinto.
A outra razão é o aumento do efetivo de PMs que fiscalizam o trânsito nas ruas. "Até 2009, eram 800. Com a reativação do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran), em maio deste ano, temos 1.550 homens."
Trafegar sem o cinto é infração grave. Rende cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,69 para cada pessoa flagrada sem o dispositivo. O item é considerado tão importante que o tema deste ano da Semana Nacional do Trânsito, que começou ontem e termina no próximo sábado, é o cinto de segurança e a cadeirinha para crianças.
Flávio Dutra, especialista em medicina de tráfego, afirma que os únicos ferimentos que o cinto não evita são os nos membros inferiores. Isso acontece por causa da deformação do veículo: o compartimento do ocupante diminui e pode haver fraturas importantes. "Só que o benefício de ter ficado retido é maior do que o risco de fraturas na cabeça e na coluna. E os traumas internos são evitados", diz.
Fonte: Agência Estado, 19 de setembro de 2010