O sedã Mégane, por exemplo, está R$ 4.000 mais barato - custa R$ 62.390. A Renault afirma que mudou a tabela de preços para tornar a linha mais competitiva, mas admite que o modelo será substituído pelo sedã Fluence. Já vendido na Europa, aqui ele deve aposentar o Mégane em novembro.
A Peugeot vai produzir o 408 na Argentina, também para venda no Brasil. Mais sofisticado, o modelo deve "matar" o 307 Sedan, que já vende pouco, mesmo custando R$ 58 mil - R$ 8.000 a menos do que há dois anos.
Reestilizado em 2008, o Kia Sportage LX 4x2, com motor 2.0 e câmbio manual, custava R$ 77 mil. Hoje, as revendas oferecem o mesmo modelo, mas com câmbio automático, por R$ 69 mil. É que a nova geração do utilitário compacto chega no dia 15 de outubro.
A picape da Chevrolet, derivada do Agile, vai substituir a Montana, que é vendida com R$ 5.000 de desconto.
Aproveitar esses descontos só é vantajoso para quem pretende ficar com o carro por mais de dois anos. A desvalorização do veículo novo é maior nesse período, explica Evaldo Alves, professor de economia da FGV (Fundação Getulio Vargas). Depois, fica menos acentuada.
Para quem pretende revender o carro em menos de dois anos, o desconto não é vantajoso, pois não supera a desvalorização do veículo. Nesse caso, é melhor comprar o modelo 2011.
Desconto
Nos EUA, por exemplo, o anúncio de uma nova geração é feito, às vezes, dois anos antes do lançamento.
"No Brasil, o carro é visto como investimento e há a preocupação com a desvalorização", avalia Fabrício Biondo, gerente de marketing da Volkswagen.
As montadoras ainda precisam reduzir o preço de tabela e aumentar o bônus de concessionários para conseguir queimar o estoque.
Fonte: BOL Notícias, 19 de setembro de 2010