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Entre fevereiro e março deste ano dois projetos pedindo a proibição de qualquer pedágio urbano em Curitiba foram protocolados na Câmara Municipal. O primeiro é da vereadora Renata Bueno e tem o apoio do Fórum Popular Contra o Pedágio, pessoa jurídica que agrega mais de 200 entidades pelo Brasil. O segundo é de Francisco Garcez e proíbe qualquer cobrança de circulação a partir de tags (chips) eletrônicos do Sistema de Identificação Automática de Veículos (Siniav), que o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) pretende implantar em todo o País a partir do ano que vem, em um prazo de cinco anos, como forma de controle da frota. Segundo a Gazeta do Povo, ambos os projetos propõem a exclusão, de antemão, de uma medida que, segundo alguns especialistas, poderia diminuir os engarrafamentos no futuro.
Os dois vereadores autores dos projetos consideram que a medida cerceia a liberdade da população de ir e vir em uma cidade que já está cercada por pedágios - são cinco em um raio de 40 km a partir do Centro de Curitiba - e não resolveria o problema do trânsito.
Contraponto
O professor do mestrado em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Fábio Duarte é contra o pedágio urbano em Curitiba, mas também refuta a proibição de antemão do recurso. Para ele, o efeito de um pedágio urbano em Curitiba agora seria negativo. "Na capital britânica (onde a medida é aplicada desde 2003), os principais serviços e centros comerciais ficam no Centro, o que faz com que as pessoas tenham de ir até a região, mesmo que sem carro. Já em Curitiba há uma descentralização desse comércio. Temo que muitas pessoas deixassem de vir ao Centro, causando problemas ao comércio central."
Para o diretor de Negócios Internacionais da empresa de soluções de gerenciamento de tráfego Perkons, José Mário de Andrade, todas as grandes cidades chegarão, inevitavelmente, ao pedágio urbano. "O número de carros vendidos não pára de aumentar e esse volume todo não vai caber nos grandes centros. Como não podemos aumentar as ruas, o pedágio é uma alternativa para limitar a circulação desses automóveis. Antes disso, porém, acredito que há outras medidas possíveis", ressalta Andrade.
Uma dessas medidas seria o novo Controle de Tráfego de Área (CTA). O projeto que será totalmente implantado até 2014 em Curitiba fará com que os ônibus tenham preferência nas passagens semaforizadas, diminuindo o tempo das viagens.
Fonte: Gazeta do Povo (Curitiba), 23 de maio de 2010

Categoria: Geral


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