Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) apontam que a Giovanni Gronchi apresenta saturação máxima nos horários de pico. Pela manhã, 2,1 mil veículos por hora a utilizam no sentido centro - 600 na faixa reversível, uma das tentativas da CET para amenizar os congestionamentos. Motoristas enfrentam ao menos três pontos de estrangulamento: entre as Ruas Dr. Laerte Setúbal e Francisco Tomás de Carvalho, na chegada à Estrada de Itapecerica e no cruzamento com a Avenida Morumbi.
O trecho mais crítico fica nas proximidades do Estádio do Morumbi. Os problemas são agravados com a passagem de comitivas de autoridades para o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, que leva à paralisação do trânsito na Avenida Morumbi. Segundo os moradores, o caminho para casa no período da tarde também é prejudicado sempre que há jogos de futebol no Estádio do Morumbi.
A Perimetral Paraisópolis seria uma solução para esse caso, pois absorveria cerca de 40% do trânsito da Giovanni Gronchi ao correr paralela a ela. Mas a inauguração incompleta deve criar uma distorção. Muitos motoristas podem fugir dos congestionamentos da Giovanni pela futura Perimetral, contornando por dentro da Favela de Paraisópolis. Mas a previsão inicial é de que a Perimetral termine no fim da favela, perto da Avenida Otávio Mangabeira. Ou seja, todos terão, a partir daí, de seguir por vias locais até cair na Giovanni Gronchi, ou, no sentido contrário, na Morumbi.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 19 de maio de 2010