Por enquanto, as Estações Paulista e Faria Lima vão funcionar em esquema de testes, de segunda a sexta-feira. Os trens andarão em sistema carrossel, no qual todos seguem na mesma velocidade e o ajuste da frota é feito de acordo com a demanda de tráfego. Assim, o tempo de espera poderá diminuir dos programados 90 segundos para até 75 segundos.
Os novos trens que circularão entre as duas estações não terão vagões separados. Eles são formados por um corpo interligado por "portas de salão", ao contrário do existente hoje nas outras linhas. Cada composição tem 128,4 metros.
Dentro, o usuário terá ar-condicionado e som ambiente, além de quatro câmeras de vigilância em cada um dos vagões. Além da internet, os passageiros poderão utilizar celulares, como nas outras linhas do Metrô.
A Linha 4 ainda funcionará com toda a operação feita de maneira automática, controlada diretamente do Centro de Controle Operacional (CCO) que fica na Vila Sônia, zona oeste. As demais linhas do Metrô têm um único CCO, na Rua Vergueiro, no Paraíso, zona sul.
Adotado há cerca de dez anos em linhas dos Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha e Hungria, o sistema driverless, de trens sem condutores, será usado pela primeira vez na América Latina. Essa tecnologia permite a operação remota dos trens e um menor tempo de espera para o usuário na estação, reduzindo o intervalo de circulação entre as composições.
Os trens da Linha Amarela têm capacidade para transportar mais passageiros. Mas em pé. São 1.964 pessoas em cada composição com seis carros - 306 sentadas. Os trens das linhas já em operação comportam entre 1.500 e 1.620.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 25 de maio de 2010