Essa melhora, no entanto, não é notada pelos moradores e comerciantes do bairro, constata reportagem do Diário. No dia 22 de maio, cerca de 50 deles fizeram uma passeata para protestar contra a falta de vagas de estacionamento. Embora os ouvidos pelo Diário reconheçam que a fluidez do trânsito pelas ruas do bairro melhorou, eles criticam a medida. A comerciante Simone Grazziotin Foss garantiu que o movimento na sua butique, na Rua Canário, caiu mais de 50%.
Mesmo quem não viu o movimento cair critica a situação. "Temos três vagas e um movimento rotativo, então não influi muito. Mas quando o movimento fica maior, complica a situação", afirma Iza Ferrara, dona de uma casa de massas.
Mas há quem veja um lado positivo na criação de vagas rotativas. Um exemplo é a fisioterapeuta Sandra Magali Gomboski. Ela atende vários clientes em Moema e tem encontrado vagas para estacionar o carro com muito mais facilidade. "Acho caro ter de pagar R$ 2,80 pela Zona Azul. Mas antes eu demorava até meia hora para achar uma vaga. Hoje eu chego e estaciono", contou.
Para a presidente da Associação de Moradores e Amigos de Moema, Lygia Horta, apesar de o trânsito ter melhorado, as alterações de estacionamento não deveriam ter sido implantadas. "De que adianta? A fluidez melhorou, mas ninguém tem mais onde estacionar", disse.
Fonte: Diário de São Paulo, 25 de maio de 2010