"Nenhuma criança de bom grado vai querer usar o cinto. Mas os pais têm de assumir essa autoridade, não só perante a lei. Perante os filhos, eles são autoridade máxima. Talvez, se os pais assumirem essa fiscalização, esse hábito, talvez a gente tenha daqui a 10, 12 anos, jovens que usarão cinto lá atrás", sugere o especialista em educação no trânsito Eduardo Bivati.
De acordo com a psicóloga Virgínia Turra, ignorar o berreiro das crianças que não querem sentar na cadeirinha não é uma boa tática. "Isso é uma forma muito cruel de tratar uma criança, é importante conversar e ir acalmando. As crianças rapidamente detectam se os pais estão firmes e calmos na decisão ou se os pais estão inseguros na decisão", ensina.
Samantha Paiva, também psicóloga, conta como a família adquiriu o hábito: "Se precisam sair com a Bia, ou a gente troca de carro ou passa o cadeirão para o carro de quem precisar sair com ela".
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, reforça a importância do equipamento para a segurança das crianças. "Um lado é divulgar a legislação, mas por outro indicar que é sério risco, porque muitas pessoas dizem: 'Ah, isso não acontece no carro com meu filho'. Eu já perdi um filho no trânsito, então posso dizer como é triste perder um filho. Não quero que isso aconteça com ninguém", diz.
Fonte: Auto Esporte TV (Rede Globo), 23 de maio de 2010