Acabaram-se as conjecturas nebulosas, os desencontros e a confusão. A partir de agora, o popular endereço pinheirense tem localização geográfica exata. Por Largo da Batata passam a atender apenas os quarteirões delimitados pelas ruas Martim Carrasco, Fernão Dias, Teodoro Sampaio, dos Pinheiros e pela Avenida Brigadeiro Faria Lima. A área talvez seja um pouco menor do que a que se costuma imaginar Largo da Batata.
Porém, é justamente ali o miolo de uma reforma urbana feita pela Prefeitura desde 2007, e que deve terminar somente no ano que vem, após sucessivos atrasos. Ela prevê a reurbanização das imediações da Igreja Nossa Senhora do Monte Serrat, no Largo de Pinheiros. Um terminal de ônibus e uma garagem para 400 carros vêm sendo construídos na Rua Gilberto Sabino, ao lado da Estação Pinheiros, na Linha 4-Amarela do Metrô.
De aldeia a shopping Center
O Largo da Batata remonta às origens de Pinheiros. Historiadores contam que um mapa de 1560 (seis anos após a fundação de São Paulo) indicava a presença de um aldeamento indígena na área. Na década de 1920, agricultores do interior passaram a vender ali os seus produtos, entre eles a batata.
Se possui um pé no passado, por outro lado o Largo da Batata aponta para o futuro imobiliário de Pinheiros. Há vários edifícios pipocando na vizinhança. Um shopping center de grandes proporções está sendo erguido na esquina da Teodoro Sampaio com a Faria Lima. Seus empreendedores já podem anunciar que fica no Largo da Batata. Oficialmente.
Fonte: Jornal da Tarde, 9 de julho de 2012