Essa participação, segundo o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, deve se manter em 2010, chegando a cerca de 544 mil unidades importadas neste ano. Questionado a respeito dos efeitos negativos desse crescimento para o mercado brasileiro, ele afirmou que, se o número permanecer e as exportações se recuperarem, é possível "sobreviver". As exportações do setor registraram queda de 35,3% em 2009.
De acordo com Schneider, o aumento das importações neste ano foi influenciado pela cotação mais baixa do dólar, que está em torno de R$ 1,70, e pelos acordos comerciais fechados com países como Argentina e México.
No ranking dos países que mais exportaram veículos para o Brasil, a Argentina ocupa o primeiro lugar, com 58% das importações, seguido pela Coreia, com cerca de 20%, e o México, com 11%.
"Além disso, o país se tornou um mercado muito atraente em um momento em que no mundo inteiro há capacidade ociosa nas indústrias, enquanto o mercado interno está forte por aqui", afirmou o presidente da Anfavea.
Para Schneider, as montadoras instaladas no Brasil vão lutar para não perder participação nas vendas para os veículos importados. "Nos últimos dez meses, tivemos anúncios de grandes investimentos no setor no Brasil, que cobrem aumento da capacidade, renovação das linhas e desenvolvimento de novas tecnologias", disse.
As exportações, segundo a Anfavea, devem crescer 11,5%, para 530 mil unidades em 2010.
Fonte: Folha Online, 7 de janeiro de 2010