Parking News

Até 2009, os moradores de Jundiaí, no interior de São Paulo, podiam frequentar somente um shopping de grande porte. De olho no crescimento da cidade, no entanto, dois dos maiores grupos desse tipo de empreendimento no País - Iguatemi e Multiplan - pretendem disputar a preferência dos cerca de 350 mil habitantes da cidade nos próximos anos. A reportagem é do portal G1.
A cidade não é exceção. Nos próximos dois anos, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), 25 empreendimentos devem abrir as portas no Interior dos Estados brasileiros. Nas capitais, o número será bem menor: 14.
Para a Associação Brasileira dos Lojistas de Shoppings (Alshop), a quantidade pode ser maior. A entidade estima em cem os shoppings que devem ser inaugurados nos próximos três anos, a maioria deles em cidades do Interior.
"A partir de 90, saturaram as capitais. Hoje, inaugurar um shopping em São Paulo no mínimo é um empreendimento de risco, porque tem muita concorrência", avalia Eduardo Terra, diretor institucional e professor do Provar (Programa de Administração do Varejo).
"Por outro lado, as cidades no Interior cresceram em tamanho e em poder aquisitivo. Então cidades a partir de 150 mil habitantes passaram a ter condições de ter shopping. Deve ter umas 30 cidades que ficaram interessantes agora", explica.
É atrás desse "filão" que a rede Iguatemi está atrás: "O interior de São Paulo representa 20% do PIB do Brasil, é um pedaço expressivo. Mas não basta ter concentração de riqueza, tem que ter muita gente. E o Interior de São Paulo é excelente para isso", diz Cristina Betts, diretora de Relações com Investidores da rede, que tem foco no Estado.
Para o Iguatemi, que tem seis shoppings em operação em cidades do Interior, e mais dois em construção, a classe média é grande atrativo. "Tem que ter um mínimo de tamanho e de renda, um certo público de classe média em formação. A gente procura cidades que estão em crescimento, a estratégia é bem calcada para crescer junto com a cidade", diz Cristina.
Shoppings com inauguração prevista para 2010
Shopping                           Cidade                            Previsão de inauguração
Pátio Dom Luis                    Fortaleza (CE)                          Janeiro
Iguatemi Brasília                 Brasília (DF)                             Março
San Pellegrino                     Caxias do Sul (RS)                    Março
Capim Dourado                   Palmas (TO)                             Março
Joinville Garten                   Joinville (SC)                            Abril
Villagio                               Sorocaba (SP)                          Maio
Via Brasil                            Irajá (RJ)                                 Setembro
Boulevard                           São Gonçalo (RJ)                      Outubro
Amapá Garden                    Macapá (AP)                             Outubro
Iguatemi Alphaville              Barueri (SP)                             Outubro
Catuaí                                Maringá (PR)                             Outubro
Metropolitan Garden            Betim (MG)                               Outubro
Golden Square                    S. Bernardo do Campo (SP)       Outubro
Mais Shopping Largo 13       São Paulo (SP)                          Outubro
Salvador Norte                   Salvador (BA)                            Novembro
Norte Sul                           Campo Grande (MS)                   2º semestre
Fonte: Abrasce

Modelos diferenciados
No foco dos investimentos, estão as cidades de médio porte, com entre 150 mil e 500 mil habitantes. "Algumas dessas cidades não têm um shopping bem montado ainda. São dezenas de cidades, muitas delas podem receber um projeto de um shopping", diz Eduardo Terra.
"Basicamente, a cidade precisa ter uma população economicamente ativa interessante, um nível de emprego e consumo razoável, ou ter em torno de si um conjunto importante de consumidores potenciais, uma cidade que funcione como polo", concorda Silvio Laban, professor de marketing do Insper e conselheiro do Shopping Center Management Program.
Mas, com menos habitantes, essas cidades recebem em geral modelos "simplificados" de shoppings: "Uma versão pequena de um tradicional, com três ou quatro lojas âncoras, cinema, praça de alimentação, estacionamento, muita franquia, mas num tamanho menor. São modelos ajustados às realidades locais, Isso vai ter muito nos próximos anos aqui no Brasil", completa o especialista do Provar.
Enquanto nas grandes capitais, onde o mercado está consolidado, a tendência é a segmentação, com empreendimentos de luxo, nas cidades menores a tendência é buscar um público mais geral. "Eu desconheço algum empreendimento de alto luxo no Interior", diz Laban. "Apesar de o Interior ter alto poder aquisitivo, por conta do porte das cidades elas têm menos consumidores, o que torna mais difícil um empreendimento dessa natureza."
Essas características são visíveis nos projetos do Iguatemi: enquanto o shopping paulistano tem cerca de 130 mil m2 de área construída, os empreendimentos do Interior "nascem", em geral, com 30 mil m2, crescendo depois de acordo com o desenvolvimento da cidade, segundo a executiva Cristina Betts.
E os projetos são mais simples: "Em Jundiaí e Ribeirão Preto, os shoppings são mais térreos, então o custo de construção é muito mais baixo. Já uma obra como o JK (shopping voltado ao segmento de luxo que a empresa pretende inaugurar na capital paulista) é muito mais complexa, e o acabamento é totalmente diferente", diz ela.
"Normalmente numa cidade menor você não tem uma elite para um shopping de luxo. A tendência é que seja um shopping classe média. A concentração do publico classe A acontece nas capitais brasileiras, onde há uma massa maior de população", aponta Luiz Fernando Veiga, diretor-presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
Veiga não acredita, no entanto, no esgotamento das capitais: "Realmente as capitais estão com a indústria de shoppings já bastante explorada, não significando que esteja esgotada. Se os bairros tiverem oportunidade, vai aparecer shopping."
Fonte: portal G1, 10 de janeiro de 2010

Categoria: Fique por Dentro


Outras matérias da edição

Lei seca pegou no trânsito do Estado (06/01/2010)

A operação Lei Seca é um sucesso, de acordo com as estatísticas do governo do Rio de Janeiro. Vinte por cento dos motoristas surpreendidos pelas blitze foram multados e 8% tiveram suas carteiras de ha (...)

Governo reduz IPVA para carros flex (05/01/2010)

O governador Sérgio Cabral sancionou, dia 5 de janeiro, a Lei nº 5.635, que reduz de 4% para 3% a alíquota do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automores) para automóveis flex (movidos a á (...)

Lei Seca mais absolve do que pune (08/01/2010)

Com um ano e meio de Lei Seca, apesar da realização de mais campanhas e fiscalização em alguns locais para conter o consumo de álcool aliado à direção, o maior rigor da legislação não se reflete em ma (...)

Radar vai multar falta de teste (09/01/2010)

Motoristas de São Paulo que não fizerem a inspeção veicular ambiental poderão ser multados por radares a partir de março. A medida deve integrar um convênio a ser firmado entre as Secretarias Municipa (...)

Gangue do ronho ataca em Pinheiros (11/01/2010)

Disfarçados de limpadores de vidro, adolescentes se aproveitam do trânsito parado para assaltar motoristas nos semáforos de três cruzamentos da Avenida Rebouças e um da Rua Teodoro Sampaio, em Pinheir (...)

Rio do Sul reajusta Área Azul (07/01/2010)

A tarifa do cartão de Área Azul em Rio do Sul passou de R$ 0,75 para R$ 1,00 no dia 11 de janeiro. O reajuste é de 33% e foi autorizado pelo município no fim de 2009, com a justificativa de que o preç (...)

Acesso às Marginais terá semáforo (12/01/2010)

Os 47 km das Marginais do Pinheiros e do Tietê serão as vias mais monitoradas da Capital. Um moderno sistema de vigilância de trânsito vai controlar a fluidez do tráfego e acidentes nas vias em tempo (...)


Seja um associado Sindepark