Sob a ameaça de protesto dos guardadores de carro que atuam na área, volta a funcionar, a partir de hoje, o sistema da "Zona Azul" na avenida Braz de Aguiar.
Na sexta-feira, ao saberem que haviam sido excluídos do novo sistema, os flanelinhas saíram arrancando panfletos pela rua, atirando-os ao chão, além de proferir palavrões contra agentes da Companhia de Transportes do Município de Belém (Ctbel) e técnicos da Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário (Sinart).
A zona é um estacionamento rotativo de veículos em horários predeterminados e pelo período máximo de duas horas, realizado através da compra de cartão que custará R$ 1,50. O objetivo é auxiliar a administração municipal nas políticas de revitalização econômica da Braz de Aguiar, além de organizar o trânsito de veículos e pedestres na avenida.
Pela regra, será considerado estacionamento irregular quem permanecer estacionado, portando cartão, na mesma vaga, por tempo superior ao fixado para a área, bem como estacionado com cartão rasurado, com emendas, mal preenchido ou sem preenchimento.
Os técnicos vão orientar os moradores da área sobre os procedimentos que devem ser adotados a partir de agora para evitar os problemas que vinham ocorrendo. Eles também serão informados sobre os critérios para garantir gratuidade no estacionamento rotativo. A Zona Azul tem o respaldo do Código de Trânsito Brasileiro e da Lei Municipal nº 8.222/03.
A implantação do sistema tem como objetivo auxiliar a administração municipal nas políticas de revitalização econômica da Braz de Aguiar; a democratização das oportunidades de acesso aos equipamentos urbanos, pois onde todos estacionam menos, todos podem estacionar; e, principalmente, a organização do trânsito de veículos.
Agora, quem permanecer estacionado, portando cartão, na mesma vaga, por tempo superior ao fixado, bem como estacionado com cartão rasurado ou sem preenchimento será multado, segundo a Ctbel.
Os flanelinhas que atuam no local, alguns deles há vários anos, alegam que serão prejudicados e não terão outro meio de sobrevivência. Eles criticam o fato de não terem sido aproveitados, acrescentando que foram alijados porque a prefeitura prefere favorecer uma empresa a olhar a questão social.
Fonte: O Liberal (Pará), 05 de março de 2007