Casarões seculares de São Luís estão servindo de estacionamentos privativos para motoristas no Centro. Mesmo sendo uma prática ilegal, é grande o número de imóveis usados com esta finalidade.
O Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) fará uma fiscalização ainda este ano para coibir a prática, que danifica o patrimônio público. O sistema de estacionamento rotativo também apresenta problemas e é alvo de reclamações de usuários.
De acordo com a superintendente do Iphan no Maranhão, Kátia Bogéa, é proibido o uso de casarões históricos para estacionamento de veículos, prática que será coibida pelo órgão.
A preços que variam de R$ 1,00 a R$ 2,00 a hora, ou pagamento mensal em torno de R$ 70,00, o patrimônio histórico vira fonte de renda para quem vigia carros e para os donos de casarões parcialmente destruídos e não restaurados.
Em um estacionamento da rua do Sol, um administrador que não quis se identificar cobra R$ 1,00 a hora ou fração e paga um aluguel para o dono do casarão. A área tem 25 vagas para veículos. "Ao invés de restaurarem os prédios, alugam-nos para serem transformados em pátios de estacionamento", admite ele. O mesmo acontece em outro casarão, situado na esquina das ruas da Palma e 14 de Julho.
Para os motoristas, a principal vantagem dos estacionamentos privativos é a segurança. A motorista Francisca das Chagas Alves Costa relata que costumava estacionar seu carro nas proximidades da rua dos Afogados, perto do local em que trabalha, mas passou a utilizar os estacionamentos privados por não sentir confiança nos estacionamentos rotativos.
Fonte: O Estado do Maranhão (Maranhão), 07 de março de 2007